PAULINO LEANDRO E FAMILIA.
No final do século XIX, chegou à região Leandro José dos Santos, que ocupou as terras onde atualmente funciona a olaria de José Belmiro, em Tabajara.
Através dos irmãos Souza, Leandro se informou sobre como chegar à fazenda dos Calhau, em Santa Constância, para onde se mudou, abandonando suas posses em Tabajara.
Minha avó contava que Leandro era filho de uma índia Puri capturada, ainda criança, por membros da família Mendes (a qual ela e a esposa de Leandro pertenciam, pois eram primas), que faziam parte da 3ª Divisão Militar do Rio Doce, sediada em Abre Campo. Índios não possuem sobrenome, por isso ao ser batizado Leandro recebeu como sobrenome José, por ser dia de São José, e “dos Santos”, porque era comum na época dar tal sobrenome àqueles que não eram reconhecidos pelos pais.
Paulino José Leandro, filho de Leandro José do Santos, morava em Abre Campo, mas conhecia a região de Tabajara desde o final do século XIX. Mudou-se para cá em 1906, trazendo sua mudança, em carros de boi e no lombo de animais de carga, acompanhado da esposa Maria Godinho Mendes, dos filhos e empregados.
Paulino e Maria eram meus avós maternos. Minha avó contava que no interior da mata, naquela época, havia tantos animais ferozes – como onças, cobras, caititus, cachorros do mato etc. – que minha mãe, então criança de colo, era mantida em um balaio amarrado por cipós e suspenso do chão para que ela não fosse atacada pelos bichos.
Paulino tomou posse de terras hoje conhecidas como fazenda dos Dutra. Nelas construiu, às pressas, uma morada provisória com esteios de imbaúba, paredes de taquara e bambu, e cobertura de capim sapé e folhas de palmito. Após instalar a família e empregados, partiu à procura de seu pai Leandro, encontrando-o na fazenda do Coronel Calhau. Dali os dois foram para Caratinga, onde fizeram uma procuração dando poderes a Paulino para se desfazer dos bens da família deixados em Abre Campo.
Assim que retornou de Abre Campo, Paulino continuou a demarcar e adquirir terras em Tabajara, incorporando-as às que já possuía. Seus domínios se estenderam até a fazenda hoje pertencente aos descendentes de José Placides, onde construiu um sobrado para ser a sede da propriedade.
Outros membros da família de Paulino vieram para a região, como seus irmãos Virgílio, Faustino e Leontino José Leandro, que mais tarde se mudaram para João Pinto, município de Conselheiro Pena. Da família da esposa de Paulino, vieram para Tabajara sua sogra Maria Clara de Jesus, seus cunhados Sebastião (que depois se mudou para Ariranha, no norte de Minas), Antônio, Nicolau (pai de Joaquim Godinho), Silvério Augusto e Luzia Godinho Mendes. Essa última fugiu de casa para se casar com Anacleto Corrêa.
Vale lembrar que Paulino Leandro chegou a possuir outras fazendas. Dentre elas, havia uma propriedade a cerca de quatro quilômetros da cachoeira de Tabajara que, na época, era conhecida como fazenda do Chico Velho, por ter pertencido anteriormente a um membro da família Lúcio, cujo apelido era Chico Velho. Hoje essa fazenda pertence a Wilson André.
Paulino passou a vender suas propriedades em Veadinho para adquirir outras em diferentes regiões. Comprou uma fazenda no norte de Minas, no município de Galiléia, hoje Baixio, denominada “Fazenda do Rapa”, que mais tarde vendeu para comprar várias casas – incluindo o prédio do Fórum – na Rua Prefeito Anastácio, em Mantena.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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Um comentário:
Meu pai nasceu em tabajara hoje ele mora em indaiatuba-SP
o nome dele é Jandeir Teixeira,
O pai dele se chama José anselmo teixeira.
é uma cidade bem tranquila e bonita meu pai me fala que tem um rio ai ele tomava banho rsrsrs
quando criança, um dia eu vou conhecer.
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